Revista Viu! - page 5

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revista viu!
2013
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ara algumas pessoas, 24
horas diárias são pou-
cas para fazer tudo o que
é preciso. Esse é o caso
de João Paulo Brasile, mais conheci-
do como Takada. Ele conheceu o Ha-
pkido quando tinha apenas oito anos.
De lá pra cá, Takada, 34 anos, já teve
a oportunidade de treinar diversas lu-
tas, como Boxe, Capoeira, Muay Thai
e Jiu-Jitsu. Graças ao seu envolvimen-
to com os esportes, ele resolveu cur-
sar a faculdade de Educação Física, na
qual se formou em 2006 e depois se
especializou em esportes de combate e
exercício físico.
Além dos esportes, Takada tam-
bém é apaixonado por cinema e já fez
vários longas metragens e também al-
guns documentários relacionados com
Porto Feliz, como por exemplo, Enge-
nho d’Água, Hospital do Grilo, Fazen-
da Capoava, Pontilhão de Ferro e En-
genho Central. O jovem também atua
como professor da equipe Boxe Brasi-
le e Brasile MMA, da Academia Cor-
po e Alma, e trabalha em tempo inte-
gral como Encarregado de Assistência
Técnica, na Metalúrgica Schadek. Em
2012, Takada foi candidato a vereador
e, apesar de não ter feito campanha,
recebeu 139 votos. No entanto, ele ga-
rante que não pretende seguir para o
lado da política. “Meu negócio são as
artes marciais e o bem-estar físico e
mental”, avisa.
Nesta entrevista, Takada fala um
pouco sobre o trabalho que vem de-
senvolvendo nas artes marciais, sobre
seus filmes e como concilia a agen-
da para realizar todos seus objetivos.
Confira!
Por que seu apelido é Takada?
É um apelido que recebi há mais
de 10 anos e foi dado pelo Elvis, pro-
fessor de Jiu-Jitsu. Quando ele trouxe
esse esporte para Porto Feliz, eu pra-
ticava Hapkido e não aceitava ter uma
arte diferente na cidade além da mi-
nha, o que acabou gerando conflito. O
Elvis me desafiou para um combate de
10 minutos de duração, no qual acabei
sendo finalizado. Após isso, vi que re-
almente a luta era eficiente e nos torna-
mos amigos. Como o Elvis era muito
parecido com o Rickson Gracie e nosso
confronto foi semelhante ao Pride, um
evento realizado no Japão, no qual o
Rickson enfrentou o lutador Nobuhiko
Takada, o Elvis me apelidou de Takada
e acabou pegando.
Além do Hapkido e o Jiu-Jitsu
quais as outras lutas que pratica?
Em Hapkido sou faixa preta segun-
do Dan, no Jiu-jitsu, estou na faixa
roxa, na Capoeira e no Muay Thai sou
cordão azul. Sou professor de Boxe,
formado pela Confederação Brasileira
e pela Federação FBCam.
Hoje, você é mais especializado
no Boxe?
Não, no Boxe tenho apenas a for-
mação teórica, pois sou professor e
não lutador. Agora, o esporte que te-
nho mais conhecimento e treinamento,
teórico e prático, é o Hapkido.
Então, por que dá aulas de Boxe
e não de Hapkido?
Antes dava aulas apenas de Hapki-
do. No entanto, pensando em melho-
rar meus combates, acabei conhecen-
do o Boxe, que é considerado a me-
lhor defesa com os braços. Através de
pesquisas vi que o Boxe, desenvolven-
do os meus socos e movimentação,
me daria mais eficiência no combate.
No início até pensei em ser lutador,
mas depois resolvi me especializar
como professor.
Como começou a praticar
Boxe?
Meu primeiro contato foi no último
ano da faculdade quando fiz um curso
oferecido pela entidade. Depois disso,
fui me aprimorando e buscando novas
técnicas. Em março de 2007, abrimos
a primeira turma de Boxe e, de lá pra
cá, não parei mais.
Quantos alunos já participaram
de suas aulas?
Acredito que uma média de 200 a
300 alunos. Hoje, temos um grupo for-
mado por cerca de 70 pessoas, entre
Boxe e MMA.
Quais os benefícios do Boxe?
O boxe não é uma arte marcial. Ele
é um esporte de contato, que gera um
bem-estar físico, mental, melhoria no
condicionamento físico, melhora o vo-
lume de oxigênio, habilidades motoras
e a autoestima.
E o MMA?
O MMA é uma mistura de artes
marciais. Então, misturei quatro esti-
los: Boxe, Hapkido, Jiu-jitsu e Muay
Thai, e dei o nome de Brasile MMA.
Coloquei um estilo próprio e iniciei as
aulas, que tem grande aceitação por
parte dos alunos e são realizadas em
pé e no chão. No MMA também traba-
lhamos o corpo e a mente.
Qual a importância do trabalho
do corpo e da mente nos treina-
mentos em geral?
Temos que trabalhar ambos, mas,
em especial, a mente. Se tem uma
mente condicionada para aquilo que
vai fazer, se obtém muito mais resul-
tado. Na minha opinião, é 80% mente
e 20% corpo.
E como fazer essa educação da
mente e do corpo?
O primeiro passo é estudar a men-
te, focar no seu objetivo para começar
a ter resultados. Esse é um desafio di-
ário que deve controlar a respiração e
os batimentos cardíacos. É possível re-
duzir as ondas eletroquímicas, que é a
atividade cerebral, controlando assim
a ansiedade.
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