Revista Viu! - page 6

entrevista
revista viu!
2013
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Como surgiu seu interesse por
filmes e documentários?
Sempre gostei muito de cinema e já
fiz cerca de 60 curtas-metragens e do-
cumentários. Comecei em 1999, quan-
do comprei minha primeira filmado-
ra. Meu primeiro filme foi um média
metragem, com 45 minutos de dura-
ção, chamado “Anacreto, the movie”.
Depois dele, fizemos mais alguns tra-
balhos, como o “Socorros de Urgên-
cia”, que teve 10 episódios. Em 2006,
surgiu a ideia de fazer o primeiro lon-
ga-metragem, que demos o nome de
“Fúria Alucinante”.
Fale um pouco sobre esse
trabalho.
Na época da faculdade, me inte-
ressei muito pela creatina e passei a
me aprofundar sobre o assunto. Pen-
sava tanto sobre a creatina que a noi-
te sonhava com ela e sempre anotava
tudo que acontecia nos sonhos. As-
sim, comecei a fazer um resumo, que
virou o roteiro do filme Fúria Aluci-
nante, no qual o personagem princi-
pal tem uma ligação muito forte com
a creatina e injetam meio quilo nele,
que acaba ficando alterado genetica-
mente. A ideia era fazer apenas um
filme, mas vi que a história estava
rendendo muito e não quis cortar pe-
daços, para não perder a essência do
filme. Sendo assim, fizemos a sequ-
ência, dirigidos e editados por mim.
Quanto gastou para fazer esses
dois filmes?
Aproximadamente R$ 15 mil e três
anos de trabalho árduo. Em ambas
produções, contamos com 210 pessoas
que participaram das filmagens.
E os documentários históricos?
Depois dos filmes, eu e meu pes-
soal demos um tempo. Não tínhamos
ideia de fazer documentários. Fomos
testar a câmera nova de um amigo lá
no Engenho d’água e, quando vimos,
já estávamos fazendo nosso primeiro
trabalho: “Porto Feliz, Casa dos Es-
cravos”. Gostamos da experiência e
resolvemos fazer outro. Antes de de-
cidirmos sobre o que seria, um ami-
ga sugeriu o Hospital do Grilo e esse
foi nosso segundo trabalho. Em segui-
da, fizemos sobre a Fazenda Capoa-
va, Pontilhões de Ferro e o último foi
um trabalho virtual sobre o Engenho
Central, pois não permitiram que en-
trássemos para fazer a gravação, en-
tão tivemos que usar alguns recursos
visuais, como fotos.
Quanto tempo demorou para a
produção desses documentários?
Foram trabalhos rápidos realizados
nos finais de semana.
Qual a importância desses do-
cumentários para Porto Feliz?
É muito importante, pois um dia
esses lugares não irão existir mais. O
objetivo é filmar para que as pessoas
tenham essa lembrança, principalmen-
te de lugares que muitos viveram sua
infância ou adolescência. Por meio do
nosso documentário, poderão recordar
futuramente. Esses documentários fo-
ram feitos com vontade e dedicação,
sem nenhum tipo de patrocínio.
Além dessas atividades, você
trabalha na empresa Schadek.
Como é isso?
Estou completando 15 anos na
Takada é especializado em
Hapkido, Jiu-Jitsu, Muay Thai,
Capoeira, Boxe e MMA
“Os documentários
registram lugares da
infância de muitos
moradores que um dia
deixarão de existir”
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